Desabafos...Praças de Toiros a concurso e outras fechadas

Quase no final da temporada, faltando apenas as Corridas de Évora, Cartaxo e Redondo e passamos a um defeso até ao dia 1 de Fevereiro em Mourão. Muito haverá para pensar e cada um deverá fazer uma introspecção e ver o que pode mudar para melhorar. Sempre assim foi e sempre assim será. Estes meses de interregno servem para que se faça uma retrospectiva do que foi bem feito e pode ser melhorado e o que não correu bem e deve ser corrigido. Isto para todos os intervenientes da Festa.
Em relação às empresas ao que apurámos existirão apenas duas praças a Concurso: Reguengos de Monsaraz e Coruche. Poderão existir outras menos importantes que não temos conhecimento. Estas duas foram bem geridas. Não há nada a apontar aos empresários. Vasco Durão é de Reguengos, ali vive e convive no seu dia a dia. Lógicamente, embora na Tauromaquia haja muita coisa ilógica, a praça deverá continuar a ser sua e nenhuma empresa deveria concorrer! A renda é cara e havendo lealdade e capacidade de discernimento nenhum empresário deverá concorrer para que quem lá está possa negociar uma renda mais de acordo com os tempos que vivemos. Esta seria a forma de proceder...
Em Coruche a empresa fez um trabalho de grande nível e também nesta praça não deveria haver ninguém a tentar tirar a praça a uma empresa local e que conseguiu um trabalho inigualável! Tomás e Travassos, contra tudo e contra todos deram um exemplo de saber, de estar, de como organizar e elevaram bem alto a praça. Indo a concurso não devem os seus concorrentes meter a foice numa seara que foi bem cuidada e estimada.Se alguém lá for concorrer é injusto e mesmo inadmissível.
Lembramos aos empresários e mesmo à Protoiro que há praças encerradas ou por falta de obras ou por uma simples falta de planta e outras apenas por falta de empresas que queiram arriscar e que a seguir mencionaremos. Mais do que andarem a atropelarem-se uns aos outros era benéfico que a Protoiro negociasse com o IGAC e com a ANDT um regime de isenção de taxas ou de facilitarem a sua legalização para que as mesmas pudessem voltar a dar corridas de toiros. Falamos de Alpalhão, Niza, Arez, Póvoa e Meadas, S. Tiago de Rio de Moinhos,Veiros,  Cercal, Setubal. Já não falo de Azaruja que se encontra à venda e que o mais provável é que venha a ser demolida. Depois faremos petições e outras acções mas sempre depois do mal feito...Há que delinear estratégias. Há que ponderar sobre o futuro. Andámos mais preocupados em dar visibilidade aos anti-touradas em vez de nos organizarmos e nos unirmos. Continuam todos a olhar para o umbigo...