Já não faltam muitos dias para que se dê inicio a mais uma Feira Nacional do Cavalo, comumente chamada de Feira da Golegã ou Feira de S. Martinho. Todos os que gostam do cavalo marcam presença neste importante certame que, no entanto, tem vindo a degradar-se e a perder a importância que outrora teve para os amantes do cavalo. Efectivamente, a Feira da Golegã está transformada numa éspecie de Docas de Lisboa onde pululam bares e baiucas sem condições nenhumas de sanidade e de salubridade. O licenciamento está ao que me dizem a cargo do Municipio que necessita de verbas para colmatar falhas de gestão. Mas, não se pode passar por cima das condições mínimas de vida salutar que cada cidadão residente ou não na Vila da Golegã tem direito. As pseudo-discotecas e pseudo bares que deveriam fechar no máximo até às duas da manhã mantêm-se abertos madrugada fora não deixando ninguém descansar. Os estrangeiros que até acham piada a uma noite de copos criticam as barbaries praticadas a cavalo por tipos cheios de alcool e que se tornaram e tornam nos habitues da Feira. Lamentável! Por todo o lado onde se roganizam certames deste tipo ou parecidos tudo tem hora de encerrar! Seja em Jerez, seja em Avignon , em Sevilha onde for! As características ímpares que levaram a Feira da Golegã ser a mais desejada e concorrida do mundo estão a perder-se! E as gentes que interessam e que mantinham a tradição começam a estar fartas... Mas mesmo fartas e a comentarem que deixam de ir. Será que agora estando um Presidente com tradição nos cavalos como Criador e Cavaleiro não se começam a impor regras? Será que o Dr. Veiga Maltez que tem visitado todas as Feiras do Mundo e tendo uma rara sensibilidade para gerir a sua Vila não consegue ditar leis? Ninguém quer uma Golegã elistista mas não queremos uma Golegã de miudos e miudas perdidos de bebedos a mijarem em todo o lado( e não só), miudos e miudas que não têm onde dormir e passam os dias a beber e muitos deles a caminho do Hospital de Abrantes em comas alcoolicos? Desafio a comunicaçºao social generalista a colocarem algu´me no Hospital de Abrantes e saberem os numeros exactos da quantidade de gente que vai receber tratamento. Se se cumprissem horários do máximo dos máximos até as 2 da manhã essa gente deixaria de vir... E a verdade é que não fazem falta. Até porque a maioria deles não consomem nos bares. Compram garrafões nos hipermercados e fazem misturas explosivas que vão bebendo dia após dia. Depois, alguns deles , desses bebedos, até montam e têm cavalos e por ali andam a faze-los sofrer. Ninguém pôe termo a isto? A Feira do Cavalo não era nada disto. Sempre se provou a àgua pé, sempre existiu quem bebesse mais ou menos mas nunca da forma como tem sido nos ultimos anos. Será que é preciso darem-se acidentes graves para que então venha um superior hierárquico do Presidente do Municipio ditar as regras que são básicas e ao alcance do Municipio? Até quando tudo passará impune?
Haja coragem antes que a Feira acabe!
O Director
